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Justiça

Mãe é condenada a mais de 21 anos de prisão por omissão em tortura e morte do filho de 01 ano e 08 meses no MA

Foto: Divulgação/Assessoria de Comunicação TJMA

A jovem Juliana Dutra dos Santos, de 19 anos, foi condenada a 21 anos e três meses de prisão, pela morte do próprio filho de 1 ano e oito meses de idade, identificado como Ícaro Luís Dutra Silva. O crime aconteceu no dia 10 de junho de 2023, em Igarapé do Meio, na região do Vale do Pindaré.

Juliana Dutra foi condenada por homicídio triplamente qualificado e tortura, por omissão. O julgamento foi realizado nessa quinta-feira (5), em Igarapé do Meio, termo judiciário de Monção.

A sessão do Tribunal do Júri, realizada no Centro da Juventude, foi presidida pelo juiz Raphael Leite Guedes, titular da 4ª Vara de Santa Inês e respondendo por Monção.

De acordo com o inquérito policial, a criança foi morta pela companheira de Juliana, que é adolescente. As investigações apontaram que a mãe ficou omissa diante da situação de maus-tratos contra o próprio filho.

Foto: Reprodução TV Mirante

Segundo a denúncia do Ministério Público, a adolescente, companheira da denunciada, foi apreendida por ato infracional análogo ao crime de homicídio, por ter agredido fisicamente a criança, causando-lhe lesões pelo corpo, que a levaram a morte.

O CRIME

No dia 10 de junho de 2023, Ícaro Luís Dutra Silva deu entrada no Hospital Municipal de Igarapé do Meio, por volta das 17h30. De acordo com relato da equipe médica do hospital, o bebê chegou na unidade de saúde já sem vida, com o corpo cheio de hematomas e ferimentos nas partes íntimas, que podiam ser de cortes ou queimaduras. Além disso, o ânus do menino estava “dilacerado”. Ainda segundo os médicos, havia marcas de mordidas nas costas, seios, ombro e orelha da criança.

Diante disso, o hospital acionou a Polícia Militar do Maranhão (PM-MA). Uma guarnição da PM se dirigiu à residência da denunciada e lá foram encontrados 36 invólucros de crack, por causa disso, a mãe do bebê e a companheira dela também foram autuadas por tráfico de drogas e associação ao tráfico.

Ao ser interrogada, Juliana Dutra dos Santos admitiu ter conhecimento de que a sua companheira adolescente agredia constantemente o menino e que, no dia do crime, o bebê estava sozinho com ela.

 

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