Brasil
Arroz e feijão fecham 2023 mais caros e devem disparar ainda mais em 2024
Um dos alimentos básicos na dieta brasileira, o preço do arroz registrou um aumento de 16% em 2023, de acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
O cenário no Brasil segue uma tendência global: o preço do produto atingiu o maior nível em 15 anos no último mês de agosto, com um aumento de 9,8% em apenas um mês, conforme dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
A Índia, que é responsável por 40% da produção mundial de arroz, é apontada como a principal causa desse cenário, após ter implementado restrições às exportações em julho.
Enquanto isso, no Brasil, as chuvas e ciclones que afetaram o Rio Grande do Sul nos últimos meses, a maior região produtora de arroz do país, prejudicaram a colheita e atrasaram o plantio da próxima safra.
A combinação clássica de feijão e arroz deverá enfrentar desafios de aumento de preços em 2024, após temporadas de cultivo complicadas – algumas vezes devido a chuvas excessivas, outras devido a longos períodos de seca nas principais áreas produtoras do país – e também devido ao aumento das cotações internacionais.
A pressão de alta nos preços colocará à prova a promessa do presidente Lula de intervir no mercado, quando necessário, para estabelecer reservas reguladoras e controlar os preços dos alimentos – uma estratégia que até agora não obteve sucesso.
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